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Fiz uma careta assim que abri os olhos e percebi que estava quase a cair da cama – Oh meu deus, Devlin, a ida a França fez-te mal, estás super gorda. – disse enquanto a tentava empurrar mais para o meio da cama.
- Deixa-me dormir. – resmungou ela virando-se de barriga para baixo. Das três ela era sempre aquela com uma ressaca pior o que se devia com certeza ao facto de ela ser a que das três bebia mais.
- Eu também queria dormir mas tu tinhas de me empurrar da cama. – resmunguei e estiquei a mão para o meu telemóvel assim que a luz do mesmo acendeu. Respondi à mensagem do Dom e meti os óculos antes de me levantar da cama – Vais mesmo continuar ai? – perguntei-lhe e quando ela não me respondeu percebi que era um sim.
Caminhei até à casa de banho e fiz uma careta quando me vi ao espelho. Estava com um ar horrível e era exatamente como me sentia. A minha cabeça estava pesada e parecia que tinha um zumbido nos ouvidos.
Abri o armário das toalhas e tirei uma de dentro do mesmo. Ia tantas vezes àquela casa que já sentia como se a casa fosse minha. Também era assim que me sentia em relação àquela família. Eles tinham-me sempre apoiado e ajudado em tudo o que precisava, mesmo sem o terem de fazer.
Tomei um duche rápido e assim que acabei espremi o cabelo para tirar o excesso de água e coloquei a toalha à volta do meu corpo. Tomei um comprimido para as dores de cabeça que encontrei numa das prateleiras do armário e voltei a colocar as minhas lentes de contacto.
Já cheguei
Estou a ir. Quase
Despachei-me a vestir e a arranjar-me e assim que voltei ao quarto agarrei nas minhas coisas – Dev, vou embora. – disse-lhe apesar de saber que ela nem estava a ouvir – Bem, adoro-te, espero que a ressaca te passe.
Saí do quarto e desci as escadas para a sala onde se encontrava toda a família – Vou embora. – disse-lhes sorrindo. A minha cabeça ainda doía mas estava ligeiramente melhor. Felizmente.
- Podes ficar, Reed. – Molly sorriu-me enquanto pousava o pequeno Michael no chão para que ele fosse brincar com as suas coisas.
- Não vês que pela pressa dela é porque já tem o que fazer? – revirei os olhos a Deborah e deitei-lhe a língua de fora – Beijinhos, Reed. – despediu-se ela com um sorriso.
Despedi-me de toda a gente antes de sair de casa. O Dom tinha entrado na propriedade tal como fazia tantas vezes e tinha o carro estacionado mesmo à entrada. Assim que entrei no mesmo a primeira coisa que fiz foi baixar o rádio.
- Olá amor. – disse ele num tom irónico – Também tive muitas saudades tuas.
Estiquei-me até lhe tirar os óculos de sol e coloquei os mesmos. Assim é que estava melhor, aquele sol estava-me a matar. Toquei-lhe no queixo e beijei-o antes que ele tivesse tempo para continuar a reclamar.
- Desculpa amor mas estou de ressaca, tens de ter calma comigo. – respondi-lhe sentando-me como deve ser no assento e coloquei o cinto de segurança.
- A tua sorte é que eu tenho sempre calma contigo. – ele sorriu e deu a volta à chave, conduzindo primeiro em direção à entrada da propriedade e de seguida até à cidade – Queres que te leve a casa ou passamos um bocadinho juntos?
Olhei para o Dom, baixei os óculos de sol dele de maneira a que ele conseguisse ver os meus olhos e a minha expressão de má – O que é que achas? Se não tens de ir para a oficina, claro que quero estar contigo.
Ele sorriu e a minha barriga começou a andar às voltas. Não interessava à quanto tempo estávamos juntos porque aquele sorriso deixava-me sempre com a mesma reação. Assim que ele estacionou o carro em frente à porta do apartamento que o Dom e o Bryan dividiam, saí do carro e encostei-me ao corpo do meu namorado enquanto entrávamos no prédio e subíamos as escadas até ao primeiro andar.
- Amanhã vamos ao festival, certo? – perguntou ele enquanto me tirava os óculos de sol da cara e depois de os pousar num sítio seguro, desceu as mãos para a minha cintura, fazendo-me andar para trás até chegarmos ao sofá – O Bryan não se cala com isso por isso temos de ir.
- Claro que vamos. – disse eu entusiasmada – Vãos os The Black Keys e os Arctic Monkeys, amor. – sentei-me no sofá assim que chegámos ao mesmo e esperei que ele fizesse o mesmo para subir para o colo do Dom. Com as minhas pernas uma de cada lado do corpo dele e os meus braços ao redor do seu pescoço, sorri e rocei os nossos narizes – Portaste-te bem ontem?
- Até parece que não sabes como é que são as nossas noites de rapazes. – respondeu ele com um sorriso enquanto colocava os braços ao redor da minha cintura e me puxava mais para si – Fomos ao bar, bebemos bastante, eu estive a fazer de vela enquanto o Bryan dava a volta a metade das raparigas que estavam lá. – o Dom encolheu os ombros – O mesmo de sempre.
- Até parece que elas não se fazem a ti também. – resmunguei mordendo-lhe o lábio inferior sem força.
- Elas podem fazer-se mas não resulta, eu já tenho a minha miúda. – sorri contra os seus lábios assim que ele me puxou para um beijo – E além do mais, o Bryan resolve logo a situação e mete conversa com elas. Sabes que ele te adora por isso tenho ali um segurança contra rabos de saia.
O Dom já tinha tido bastantes problemas com ex-namoradas, coisas desde o mais normais às mais malucas possíveis. Quando o Bryan me tinha conhecido, tinha sido horrível ao princípio, mas assim que tinha percebido que eu era capaz de lhe fazer frente, que gostava mesmo do Dominic e não o ia magoar ou fazer sofrer, o Bryan tinha passado a adorar-me e a tratar-me como parte da família.
- E a vossa noite, como é que correu? Para além de ficarem podres de bêbadas.
- Já tinha saudades de estar com elas. – respondi com um sorriso – Temos que aproveitar enquanto a Dev cá está. – só de pensar que depois das férias ela voltava para França, quase que tinha uma coisinha má, mas sabia que era o sonho dela e por isso estava feliz por ela.
- Se ela continuar igual, toda a Austrália vai sentir quando ela se for embora. – brincou ele – É verdade! – acrescentou num resmungo quando me viu a fazer-lhe cara de má – Anda cá. – o Dom sorriu enquanto me puxava mais para si e me voltava a beijar.
Vou confessar que não era uma coisa muito usual em mim mas se calhar devia-se ao facto de estar de ressaca. Ou então não, não sei. Continuei a beijar o meu namorado à medida que colocava as minhas mãos dentro da camisola dele e puxava a mesma para cima para lha despir. O Dom olhou para mim com um sorriso e quando não lhe respondi mas o voltou a beijar, ele percebeu que era para deixarmos a conversa e passarmos à acção.
Ele já estava sem camisola e eu tinha acabado de ficar sem a minha camisola também quando a porta da rua abriu e o Bryan apareceu – Oh deus. – disse ele enquanto o Dom me puxava mais para si e me abraçava, tentando tapar-me o máximo possível – Sabem, isto é uma casa partilhada. Não é que eu tenha alguma coisa contra sexo na sala mas não no meu sofá. Vocês têm uma cama. Ah e não se preocupem, só vim buscar umas chaves, estou já de saída.
- Ainda ai estás? – perguntou-lhe o primo com um resmungo e revirou os olhos assim que o Bryan lhe mostrou o dedo do meio antes de sair de casa.
Mordi o lábio inferior para tentar não me rir mas foi inevitável. Tinha sido vergonhoso, era verdade, mas também tinha tido a sua piada.
- Não tem graça. – o facto do Dom me estar a semicerrar os olhos apesar de eu saber que ele também estava prestes a rir, ainda me fez rir mais – Pronto, até teve. – admitiu ele sorrindo – E vou continuar a beijar-te e despir-te mas agora vamos para o meu quarto.
- Não me oponho a isso. – disse com um sorriso enquanto me agarrava melhor a ele no preciso momento em que ele se levantou do sofá comigo ao colo.
- Eu sei que não. – o Dom sorriu e fechou a porta com o pé depois de entrarmos no quarto dele.
Mordi-lhe o pescoço – Até parece que sou uma oferecida com esse comentário.
Ele riu-se e pousou-me com cuidado na cama – Hmhm. A minha oferecida. – ia resmungar mas o beijo dele tirou-me o ar e o pensamento.
Então tal como eu disse, os capítulo agora ao início ainda são muito simples porque vocês ainda têm de conhecer as personagens e as relações que já existem entre elas.
Espero que tenham gostado daqui do mel entre a Reed e o Dom mas como não podia deixar de ser, um capítulo meu sem ter uma parte mais hilariante, não é capítulo por isso é claro que tinha de aparecer o Bryan a interromper o espetáculo.
Obrigada por todos os vossos comentários, vocês são simplesmente as melhores leitoras de sempre!