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Passei o dia depois da nossa saída a parecer um zombie, principalmente porque praticamente só me levantei da cama perto da hora de jantar, com as horas todas trocadas e uma dor de cabeça do tamanho do mundo. Era bom ser a alma da festa e a mais festiva do grupo, o pior era o dia seguinte, quando tínhamos que lidar com as consequências.
Felizmente no dia seguinte já estava no meu estado de perfeição novamente. Depois de tomar um duche rápido apenas para me refrescar, fui até ao meu roupeiro escolher a roupa que ia levar ao festival. Não era uma festa de gala mas não podia ir a parecer uma campónia, tinha de ir decente.
Acabei por escolher uns calções de ganga e vesti um top branco de renda por cima do meu biquíni vermelho. Íamos à praia, não ia deixar nada ao acaso. Dei um jeito ao meu cabelo e depois coloquei a fita com flores que tinha, ajeitando-a de maneira a ficar como deve ser na testa. Estava com um ar meio hippie mas era um festival na praia, apesar das bandas que lá iam e dos dj’s à noite.
Quando saí do quarto, já a Deborah estava no corredor à minha espera. Tinha vestido umas calças de ganga e um top azul, diga-se de passagem que mais uma vez, eu estava para chamar a atenção enquanto a minha maninha estava para passar despercebida.
- Oh meu deus. – murmurou ela enquanto guardava o telemóvel na bolsa – Já vi que vou ter de passar a noite a olhar para o lado enquanto tu estás a curtir com um rapaz qualquer.
Revirei os olhos com um sorriso – Até parece, Deb. – tudo bem, eu gostava de chamar a atenção, julguem-me! Era gira, nova e descomprometida, qual era o mal de me querer divertir? Exato, nenhum. E além do mais eu não era nenhuma galdéria que ia para uma casa de banho com um gajo que tinha acabado de conhecer.
Depois de nos despedirmos de toda a família, o que demorou o tempo do costume com a minha mãe e o meu pai a darem-nos o sermão do costume de não aceitar bebidas de estranhos, ter cuidado com as bebidas, permanecermos em grupo, levarmos o gás pimenta, sim, porque nós tínhamos gás pimenta, filhas de polícias dava nisto. Enquanto isso a minha tia dava-nos os últimos jeitos no cabelo e na roupa enquanto o meu tio tentava calar uma Hailee que também queria ir connosco e achava tudo muito injusto. Os únicos a quem tudo isto passava ao lado era à Lulu e ao Michael, que eram demasiado novos para tirarem a atenção da televisão.
- Já não me lembrava como é que era ter a brigada pré-festa. – disse assim que me sentei no lugar do passageiro do carro da minha irmã. Eu adorava conduzir mas nestes dias de festas e saídas era sempre a Deborah quem conduzia uma vez que ela era a responsável que não bebia.
Ela riu-se antes de rodar a chave na ignição – Eu também. Depois de ires para França eu mal saí, e quando saía eram coisas rápidas por isso não havia nada disto.
Estacionar foi o pior, mas lá conseguimos arranjar um lugar assim que chegámos à praia e não muito longe – Então, o Dom e esse Bryan são primos? – perguntei eu à minha irmã enquanto tentava perceber – Porque é que eu não o conheço então?
A Deborah encolheu os ombros e não sei se me ia responder ou não mas se ia foi interrompida pela chegada dos três. A primeira pessoa que eu vi foi a Reed, com a sua saia preta comprida e o top branco bastante parecido ao meu – Então miúdas? – perguntou ela sorrindo enquanto nos cumprimentava. Eu percebia a animação dela, também eram as minhas bandas preferidas, só me estava a tentar controlar mas assim que metesse os pés na areia ia entrar em modo selvagem.
Atrás dela vinha o Dom, igual a como eu me lembrava. Cumprimentei-o com um sorriso – Agora que voltaste, espero que não leves a Reed por maus caminhos outra vez. – disse ele apertando-me o nariz. Eu e ele sempre nos tínhamos dado bem.
- Até parece que ela precisa de mim para isso. – respondi eu sorrindo. Claro que eu sabia que se era primo do Dom tinha que ser lindo de morrer mas meu deus, aquilo apanhou-me totalmente desprevenida. Atrás dele vinha o rapaz que eu não conhecia, o Bryan. Tinha um total ar de rapaz rebelde com aquele cabelo preto e os olhos azuis e vestia-se como um, com as calças de ganga e a t-shirt preta juntamente com botas. Ok, eu estava impressionada mas tinha que me controlar – Olá. – cumprimentei sorrindo – Sou a Devlin. – apontei para a Deb como se fosse algo não óbvio – A irmã gémea da Deborah.
Ele ficou uns segundos parado a olhar, a tentar perceber as diferenças entre mim e a minha irmã, tal como acontecia tanta vez com tanta gente. As diferenças não eram muitas mas à medida que nos passavam a conhecer, era fácil distinguir-nos – Sou o Bryan. – cumprimentou ele finalmente com um sorriso nos lábios e meu deus, aquilo era forte.
O Dom riu-se e puxou a Reed para si – Com o tempo vais conseguir distingui-las, não te preocupes. De qualquer das maneiras, a que vires bêbada, é a Devlin.
- Reed, se não calas o teu namorado vou ter de lhe bater.
- Meninos, comportem-se. – disse ela rindo-se – Vamos entrar na praia, temos de parecer adultos.
Assim que entrámos na praia, foi impossível não entrar no ambiente que ali se encontrava. Apesar de ainda não haver bandas a tocar, havia música e muita gente a andar de um lado para o outro, à procura do melhor lugar ou a comprar bebidas. Nós passámos primeiro pelo bar, claro e depois disso seguimos o Bryan até uma zona mais perto do palco mas num lugar bom para ver.
Dei um gole na minha cerveja depois de me sentar na areia. O Dom sentou-se ao meu lado, com a Reed no colo dele. A Deborah ia sentar-se mas lembrou-se que tinha deixado não sei o quê no carro então foi embora com o seu habitual ar de stress, sem esperar se quer que alguém lhe fizesse companhia. Quando o Bryan sentou-se também na areia, apoiei-me nos joelhos de maneira a conseguir vê-lo uma vez que ele estava do outro lado do Dom.
- Se vocês são primos, como é que eu não conheço o Bryan? – perguntei desta vez às pessoas que me podiam dar uma resposta.
A Reed sorriu, de certeza já a pensar coisas que não devia, mas deixou-se estar calada enquanto abanava a cabeça ao som da música que estava a dar e ia brincando com os dedos do namorado.
- Porque ele é mais velho que eu. – respondeu o Dominic – E não tinhas por hábito ir à nossa oficina. Mas tu não ias ver os jogos, Dev? – perguntou ele de sobrancelha levantada – O Bryan joga na equipa de futebol também. É o capitão.
Arregalei os olhos e cheguei-me mais para a frente, de maneira a conseguir ver melhor o Bryan – Oh meu deus. – disse calmamente apesar de estar tudo menos calma – És o Bryan Moore? – perguntei e quando ele sorriu, sabia que era um sim – Oh meu deus! – disse agora totalmente entusiasmada. Tanto o Dom como o Bryan, faziam parte da equipa de futebol. Mas não era uma equipa de futebol daquelas que ninguém ouve falar, não, eles eram mesmo bons e por várias vezes já tinham sido chamados para ir para equipas maiores e mais importantes, eles é que recusavam sempre – Já percebi porque é que a Reed disse que eras um rapaz tão requisitado. – calei-me quando a vi a lançar-me um olhar – Desculpa. – disse rapidamente.
- Requisitado? – repetiu o Bryan rindo-se – É uma maneira de meter as coisas, sim.
- Ainda não acredito que sou amiga de duas estrelas de futebol. – disse eu. Além de giro, era importante e por mais estranho que isto fosse, alguém que eu admirava. Desde mais nova que o via a jogar e gostava de o ver. Sim, era mesmo estranho.
- Não sei como é que deixei a bolsa no carro. – murmurou a minha irmã assim que se deixou cair ao meu lado na areia.
Ia mandar uma piadinha de que era mesmo bom que ela tivesse ido buscar a bolsa uma vez que era ali que se encontrava a nossa arma secreta de protecção, o gás pimenta, mas não pude uma vez que os The Black Keys começaram a entrar no palco.
Levantámo-nos todos de um salto e juntámo-nos aos gritos que se ouviam por toda a praia. Não tardou nada a que nos metêssemos todos a dançar e cantar, menos a Deborah que não era grande fã deste tipo de bandas mas que lá se integrou tentando dançar connosco.
Não sei bem como aconteceu mas de repente tinha a Reed e a Deborah a dançar enquanto o Dom estava com elas e então eu e Bryan começámos a dançar juntos. Não de uma maneira sensual ou lenta ou o que fosse, não estávamos colados um ao outro tipo maluquinhos, estávamos simplesmente a dançar mas aquilo parecia bem.
Sorri enquanto me mexia ao mesmo tempo que ia cantando os versos da música Lonely Boy. Desta vez a culpa nem foi minha quando de repente eu já estava a dançar com as costas no peito do Bryan. Mais uma vez, continuávamos a não estarmo-nos a roçar mas agora estávamos mais perto disso.
Gritei mais uma vez quando a música mudou e ri-me. Deus, que saudades da Austrália.
Pronto ahah então finalmente o gangue está todo junto. O que é que acharam? E sim, claro que quando se juntam duas pessoas totalmente iguais e taradas (aka Devlin e Bryan) a coisa tinha que dar para este lado, mas eles estão ligeiramente comportados!
Deixem os vossos comentários lindos e que eu tanto adoro ler mas por favor, respondam-me a uma pergunta: vocês ficavam chateadas/não gostava/qualquer outra coisa que agora não consigo pensar, se eu passasse a responder aos vossos comentários no meu blog? É só porque às vezes é demasiado confuso e não tenho muito tempo e fico toda stressada a ir responder aos blogs de cada um por isso respondam-me por favor.
Obrigada e beijinhos!