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Abri os olhos quando senti a minha confortável cama debaixo do meu corpo. Tinha saltado para as cavalitas do Dom enquanto caminhávamos para fora da praia e tinha acabado por adormecer encostada a ele. Estava mais do que exausta, já não me lembrava como é que as saídas com a Devlin eram.
Estiquei a minha mão e agarrei na mão do Dom – Queria que ficasses cá. – disse fazendo um beicinho. A minha mãe adorava-o mas mesmo assim ainda mantinha certas coisas na linha como ele dormir cá em casa. O que era completamente ridículo porque se eu quisesse fazer sexo com o meu namorado, não vinha para casa quando ela cá estivesse. Just saying.
- Eu também, amor. – ele sorriu e baixou-se até me beijar a testa, a ponta do nariz e os lábios – Dorme. Amanhã liga-me quando acordares ou vai lá ter à oficina. – assenti com a cabeça e puxei-o para mim de maneira a beijá-lo novamente antes que ele se afastasse – Adeus, Cheryl. – despediu-se ele assim que passou pela minha mãe que se encontrava no corredor. Podiam ser cinco da manhã mas ela era demasiado preocupada e protectora para dormir enquanto eu não chegasse.
- Até amanhã, mãe. – disse eu antes de me enfiar dentro das mantas da cama, mesmo com a roupa que tinha levado para a praia. Estava demasiado cansada para mudar de roupa e só queria dormir.
Assim que acordei, a primeira coisa que reparei foi que o relógio que tinha na mesa-de-cabeceira marcava as seis da tarde. Nada mau para quem se tinha deitado às cinco da manhã. A segunda coisa que fiz foi levantar-me da cama e ir tomar banho. Estava cheia de comichões por causa da areia e da água do mar do dia anterior mas feliz por ter dormido bem.
Não estava com grande paciência para estar a escolher roupa por isso tirei a primeira coisa que me apareceu no armário antes de ir para a cozinha para comer alguma coisa e depois sair para a oficina para me encontrar com o Dom.
Juntei as sobrancelhas assim que cheguei à divisão que pretendia e deparei-me com uma mulher na mesma. Não a conhecia mas parecia estranhamente familiar – Olá?
Ela virou-se de frente para mim, percebendo pela primeira vez que eu ali estava e sorriu – Olá, Reed. – fiquei ainda mais confusa quando percebi que ela me conhecia. Devia ser alguma amiga da minha mãe, daquelas que adorava dizer que se lembrava quando eu era bebé e não sei quê.
- Reed! – virei-me para trás quando ouvi a voz da minha mãe que parecia admirada por me ver ali em pé. Era suposto dormir até às oito da noite? Bem, a Devlin era bem capaz disso… - Querida, esta é a Jennifer. – acenei com a cabeça à mulher, ainda sem perceber o que se passava ali – Bem, hm… a minha irmã. – juntei as sobrancelhas. Irmã? Mas que raio?
- Olá tia? – olhei para a Jennifer antes de me dirigir à máquina de café e encher uma caneca com o mesmo – Adorava perceber porque é que tenho uma tia quando desconhecia tal facto mas tenho que ir. – bebi o café num instante e pousei a chávena vazia no lava-loiças – Até logo. – despedi-me por alto antes de agarrar nas minhas chaves e telemóvel e sair de casa. Aquela seria uma conversa que precisava de ter com a minha mãe e só com a minha mãe.
Assim que cheguei à oficina, consegui passar pelo Bryan sem que ele me visse e vi o Dom a falar com um homem, talvez um cliente. Fiz-lhe sinal de que ia para casa dele e depois de puxar o meu top ligeiramente para baixo enquanto lhe mostrava um sorriso que esperava que fosse sensual, mexi os lábios dizendo-lhe que tinha cinco minutos.
Abri a porta de casa com a chave que o Dom me tinha dado e caminhei até ao quarto dele. Atirei-me para cima da cama e esperei que ele viesse. Tão certo como um relógio, ou o que quer que fosse, ele apareceu cinco minutos depois.
- Tens de parar de fazer isto. – disse ele com um sorriso enquanto se deitava em cima de mim – Sabes que a oficina é um negócio de família e vai passar para mim e para o Bryan. Se continuares a afastar-me de lá, vou acabar por ser um dono e sócio péssimo.
Encolhi os ombros com um sorriso – É por uma boa causa. Até parece que não gostas das escapadelas da oficina para vires ter comigo. – olhei-o fazendo uma cara de má para que ele percebesse que tinha que concordar com o que eu tinha acabado de dizer.
- Gosto e não é pouco. – sorri e puxei-o mais para mim assim que o Dom me beijou, afastando-se apenas quando precisámos ambos de ar – Mas desta vez é mesmo pouco tempo, estamos cheios de trabalho. Eu compenso-te depois.
- Espero bem que sim. – respondi com um sorriso nos lábios antes de o voltar a beijar. Cinco minutos depois, estávamos os dois a sair de casa dele de mãos dadas. Despedi-me do meu namorado antes de ele se afastar para ir continuar o trabalho que estava a fazer antes da minha chegada e passei pelo Bryan, desta vez sem o objetivo de passar despercebida – Olá e adeus, Bryan.
- Já te vais embora? – perguntou ele encostando-se ao carro que estava a arranjar – Desta vez o intervalo foi curto. – mostrei-lhe o dedo do meio quando ele me sorriu – Achavas que eu não percebia, Reed? E olha, sendo o próximo proprietário da oficina, tenho-te a dizer que por mim podes meter o meu priminho a fazer os intervalos todos que quiser, desde que trabalhe, claro.
Bufei para tentar conter uma gargalhada – De que outra coisa estava eu à espera? Bryan Moore, o apoiante do sexo. Claro que ias deixar-nos ter os intervalos todos que quiséssemos.
- Já me conheces, miúda. – o Bryan piscou-me o olho e veio dar-me um beijo na bochecha como despedida antes de voltar ao trabalho. Sabia perfeitamente que o que ele queria dizer era que enquanto fizesse o Dom feliz, ele nos ia apoiar a cem porcento, fosse no que fosse.
Assim que voltei a enfiar-me dentro do meu carro, conduzi de volta para casa. Não tinha nenhuma mensagem ou chamada das gémeas por isso quase de certeza que a Deborah estava com a família e que a Devlin estava a dormir. Apostava cem dólares nisso.
Abri a porta de casa e depois de pousar as chaves no móvel da entrada, fui até à sala mas parei quando vi que já lá estava alguém – Olá. – Jennifer sorriu-me – A tua mãe foi trabalhar. Ela tentou ficar cá mas não pôde, teve mesmo de ir.
Caminhei até ao sofá e acabei por me sentar no mesmo. Jennifer deve ter percebido pela minha cara que não estava ali para ver o filme com ela por isso esticou-se até ao comando e desligou a televisão - Porque é que a minha mãe nunca disse que tinha uma irmã?
Jennifer sorriu e encolheu ligeiramente os ombros – Acredito que a minha irmã não gostasse de falar muito de mim. – ela disse aquilo como se fosse suposto eu perceber mas não estava a perceber nada daquela história – O motivo pelo qual eu nunca te vim ver se quer é porque estive estes dezanove anos presa. – percebi que o silêncio que ela fez a seguir foi à espera da minha reação – Foi um acidente mas vinha de uma festa com uma amiga minha, bebemos demasiado e ela morreu. Consegui sair mais cedo por bom comportamento por isso é que a minha irmã foi apanhada de surpresa quando eu aqui apareci.
Juntei as sobrancelhas e abanei a cabeça – Tudo bem, eu percebo que ela não quisesse falar às outras pessoas sobre a irmã presa mas não percebo porque é que nunca falou comigo. Sou filha dela e tu és da família. Não faz sentido que eu nunca tivesse sabido da tua existência.
Jennife sorriu tristemente e mais uma vez, fiquei com a sensação que havia ali mais qualquer coisa. Qualquer coisa que eu não conseguia perceber - Tens de falar com ela, tenho a certeza que te explicará tudo. – assenti com a cabeça esperando que ela tivesse mesmo razão até porque eu não ia descansar até perceber o que raio se passava ali – Mas agora o que eu quero é saber mais coisas sobre ti. – fiquei bastante parada assim que ela colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, aquilo era estranho mas um estranho bom.
Assenti com a cabeça e sorri ligeiramente – Hm, então. Acabei o secundário com umas notas bastante razoáveis. Quero seguir carreira como cantora por isso nunca me preocupei muito com a escola e mesmo assim consegui tirar notas decentes. Estou quase a assinar um contrato com uma discografia. – contei muito orgulhosa. Ainda nem tinha contado isso a qualquer uma das gémeas, não me podia esquecer de o fazer, só o Dom e o Bryan sabiam uma vez que tinha recebido a chamada quando estava em casa deles – Tenho um namorado, o Dominic, estamos juntos à bastante tempo. E não me lembro de mais nada.
- Fico muito feliz por ti, Reed. – ela sorriu-me e pareceu orgulhosa, o que era bom. Podia mal a conhecer mas era da minha família e era bom saber que havia quem estivesse orgulhoso de mim – Quando é que te vou poder ouvir cantar? – perguntou ela com entusiasmo a fazer-se ouvir na sua voz.
Ri-me e tapei a cara com uma almofada do sofá – Não devia ter dito nada. – apesar de tudo, ainda tinha vergonha que me ouvissem cantar, as pessoas que eu conhecia claro – Daqui a duas noites vou cantar num bar. – confessei sorrindo – Podes não contar à minha mãe? Queria que fosse o mínimo de gente.
- Claro que não conto, podes confiar em mim. – respondeu Jennifer. Assenti com a cabeça e sorri-lhe de volta. Não sabia porquê mas sabia que podia confiar nela.
Sorry sorry, esqueci-me de pôr o capítulo :c espero que mesmo assim não se esqueçam e o venham ler.
Soo a história já está a desenvolver mais... tal como eu disse, apesar de já ir no capítulo 6 esta história desenvolve-se mais lentamente porque cada capítulo tem basicamente a história de uma pessoa diferente mas as coisas já estão a avançar.
Este capítulo é bastante importante e tem muita coisa que mais lá para a frente vão perceber mas quero saber opiniões.
Beijinhos e obrigada por todos os vossos comentários s2 (os quais foram respondidos no meu blog)