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Podem ter passado dois anos mas ainda parecia que tinha sido ontem que o verão de 2014 tinha acontecido.
O avião vindo de França aterrou no preciso momento em que o Bryan chegou ao aeroporto. Passaram vários longos minutos até que os cantos dos lábios dele subissem para um sorriso ao vê-la chegar. A Devlin estava de volta à Austrália depois de acabar o seu curso de pastelaria e apesar de o seu grande sonho sempre ter sido trabalhar em França, tinha decidido começar o seu próprio negócio no seu país.
Abraçaram-se com força assim que se viram frente a frente novamente. Ao longo destes dois anos tinham começado a falar novamente, tinham começado devagar até que como seria de esperar, não conseguiram fingir que não sentiam nada um pelo outro, mesmo estado a quilómetros, mares e continentes de distância.
O namoro tinha começado à precisamente um ano e meio, com a visita surpresa do Bryan a França. Depois disso o namoro tinha sido à distância, excepto por mais algumas visitas dele, e como se sabe, todos os namoros à distância são muito complicados ainda mais para estes dois, dois conhecidos players mas quem diria? Quando se encontra a alma gémea, as coisas mudam, nós mudamos. Foi precisamente o que lhes aconteceu.
- Como é que os conseguiste convencer a vir só tu?
- Prometi que te levava directamente para casa.
A Devlin sorriu, eles beijaram-se e o Bryan agarrou na mala dela, conduzindo-a para fora do aeroporto onde tinha deixado o carro.
- Podíamos fugir e estar um bocadinho juntos antes de irmos para lá. – sugeriu ela com um sorriso enquanto passava os dedos pelo braço do Bryan que se encontrava mais próximo dela.
- Nem pensar. Os teus pais são bem capazes de me matar e desculpa lá se tenho menos de uma ex-Texas ranger e um ex-agente da DEA.
- És tão mariquinhas.
- Se queres continuar a ter um namorado, é melhor seguirmos para tua casa e depois sim, eu compenso-te com um momento sozinhos.
Tal como tinha acontecido à dois anos, toda a família estava à espera da Devlin com uma festa. E com toda a família incluía-se a Reed, o Dom e as duas mães da Reed.
- Oh meu deus. – assim que as duas melhores amigas se viram, depois da Devlin ter o seu momento com a família, abraçaram-se enquanto se riam – Como é que uma pasteleira consegue ser tão magra? Estás mais magra do que antes, Dev.
- Tu sabes como é que eu sou, posso comer tudo e continuo em boa forma.
- Agora que ela voltou para casa e vai comer connosco, volta logo a ficar com mais carne nos ossos.
- Olha que não sei, mãe.
Passaram o resto da tarde todos juntos a falar, comer e matar todas as saudades dela. Só no final da tarde é que se despediram e os quatro, a Devlin, a Reed, o Bryan e o Dom, saíram do rancho.
- Passei o tempo todo a ouvir o teu disco. – as duas raparigas iam nos bancos de trás do carro – Adorei as músicas todas e era uma maneira de matar saudades dos teus concertos.
- Eu sabia que ias gostar da prenda. E estou a escrever o segundo disco. – a Reed sorriu orgulhosa – Já não falta muito para o acabar e começar a tour.
- Acho muito bem, mas tens de ter cuidado. – a Devlin baixou-se até ter a cabeça à altura da barriga da melhor amiga – Tens de ter cuidado com esta menina.
- Ou menino. – disse o Dom com um sorriso – Por mim pode ser um ou outro.
- Estamos quase a saber mas agora ainda é cedo e como ainda só estou grávida de três meses, vou ter mais do que tempo suficiente para os concertos sem ter de me preocupar.
- Afinal onde é que vamos? – perguntou a Devlin juntando as sobrancelhas – Bryan?
- Não me perguntes a mim. Eu não sei nada, tens de perguntar ao motorista.
Mas ela não precisou de perguntar porque assim que se começaram a aproximar do local, a Devlin percebeu onde estavam a ir. Assim que estacionaram o carro e saíram do mesmo, os casais deram as mãos e caminharam para dentro do cemitério.
Quando pararam em frente à campa, a Reed sorriu – Bem, agora que estamos aqui os cinco, - desviou por segundos o olhar para a campa que se encontrava atrás de si Deborah Parker-Winston. 1995-2014. Amada pela família e amigos. – é o momento ideal.
- É suposto eu perceber o que se está a passar? Oh meu deus, Reed. Estás grávida de gémeos?
Ela riu-se e abanou a cabeça mas quem respondeu foi o Dom – Não. É só um. À três meses eu pedi a Reed em casamento e concordámos em esperar até estarmos todos juntos novamente. Sabemos que as nossas famílias vão obrigar-nos a ter uma cerimónia gigante mas primeiro queríamos uma coisa pequenina, com vocês.
- Por isso, - continuou a Reed – agora que voltaste e estamos aqui, eu e o Dom vamos casar e vocês vão ser os padrinhos.
- O quê? Mas eu nem estou vestida para um casamento!
- Amor, acho que vais ter tempo para isso quando for o casamento gigante que eles vão ser obrigados a fazer.
Quando o padre chegou, a Reed e o Dom colocaram-se em frente à campa com a Devlin ao lado da melhor amiga e o Bryan ao lado do primo. Foi uma cerimónia simples mas cheia de significado e do mais importante, amor.
- Pode beijar a noiva.
O casal beijou-se enquanto os padrinhos batiam palmas e assobiavam. Agora era altura de celebrar, uma espécie de despedida de solteiro que nenhum dos dois tinha tido, uma onde estavam os quatro juntos.
O padre tirou-lhes uma fotografia apesar de eles estarem longe de parecer que tinham acabado de estar num casamento, a única sugestão disso era o ramo de flores colhidas do jardim do cemitério na mão direita da Reed e o facto de tanto ela como o Dom terem as mãos esquerdas estendidas e terem as suas alianças nos dedos.
Passaram algum tempo ali, a contar mais do que tinha acontecido nos últimos dois anos, a escolher nomes de bebés, cores de vestidos para o casamento a sério e a inventar o discurso da família de ambos ao saber que eles tinham casado numa pequena cerimónia sem qualquer um dos pais dos noivos.
Quando chegou a altura de ir embora, a Devlin ficou para trás enquanto os outros três caminhavam de volta para o carro, onde iam esperar por ela para depois se dirigirem ao bar onde iam continuar a celebração deste dia.
Assim que se viu sozinha, ela ajoelhou-se em frente à campa e ajeitou as flores que haviam na mesma.
- Tinhas razão mas também estavas errada. Não conseguia perdê-lo também porque amo-o como nunca amei ninguém mas não consigo viver sem ti. Penso em ti todos os dias, a toda a hora. Sempre que vou fazer alguma coisa lembro-me da tua cara de desaprovação mas como me seguias mesmo sem gostar do que eu queria fazer. – ela pousou a mão na pedra fria – Sempre fomos muito unidas porque éramos mais do que irmãs por isso nunca vou conseguir viver sem ti. Mas sei que tenho que seguir em frente. Nunca vais ser esquecida mas tenho que seguir em frente. E é isso que estamos todos a fazer. Só gostava que tu estivesses aqui.
Ela levantou-se e lançou um último olhar à lápide que se encontrava à sua frente onde estava a fotografia antes de seguir também em direção ao carro.
Podia já não estar fisicamente com eles mas continuava a tomar conta deles, a estar com eles. E estava feliz por todos eles, por a minha irmã ter finalmente encontrado alguém que amava e que a amava de volta, por o Bryan deixar de ser aquele parvo mulherengo que quase só se importava com ele, por a Reed estar novamente feliz, grávida e casada com o amor da vida dela e por o Dom estar a fazer exatamente aquilo que tinha prometido depois da discussão dele e da Reed quando ela tinha abortado.
Não importava se já não éramos cinco porque continuávamos a ser um grupo, um grupo forte e unido. Eu também gostava de poder estar com eles mas estava à minha maneira e era melhor assim, assim estavam todos felizes, incluído eu, Deborah Parker-Winston.
Não sabia muito bem como escrever este final e então lembrei-me disto, de escrever segundo o ponto da vista da Deb como se ela estivesse presente na mesma.
Espero que tenham gostado do final, a Reed está grávida outra vez! Ahah já podem ser todas madrinhas da criança!
Obrigada por terem acompanhado a história e fico muito feliz por terem gostado c:
A próxima história já está começada e bastante adiantada e vai ser muito diferente mas espero que gostem. Terça vou fazer um pequeno post com as personagens e com a capa e na quarta posto o primeiro capítulo.