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Lorenzo Suarez
Os acontecimentos daquela noite não eram aqueles que estavam planeados mas ainda assim o resultado final tinha sido o mesmo e era apenas isso que interessava. O Theo estava morto e isso é que era importante. As semanas seguintes foram as mais difíceis quando uma vez mais aconteceu algo que estava fora dos planos e apesar de saber perfeitamente as consequências do que me tinha sido proposto, tanto a nível psicológico como o que poderia acontecer caso o corpo fosse descoberto, é muito diferente pensares no assunto e vivê-lo.
Mesmo sem o fazer propositadamente, nas semanas que se seguiram tinha acabado por me afastar da Sky e em parte tinha-me desculpado com o facto de saber que ela precisava do seu espaço para processar tudo o que tinha acontecido naquele dia.
Quando aquele assunto me tinha sido proposto achei que seria bastante fácil; era só aproximar-me de uma rapariga, leva-la a confiar em mim o suficiente para que eu estivesse bastante perto dela e conseguisse resolver a situação assim que ela se apresentasse porque era óbvio que o Theo vinha atrás dela. Tinha julgado que seria facílimo porque tinha jurado a mim próprio que depois da rapariga que me tinha partido o coração, não haveria outra que me fizesse sentir da mesma forma mas estava redondamente enganado. Aos poucos a Sky tinha-se entranhado na minha pele à medida que a ia conhecendo melhor, que começava a perceber que não éramos assim tão diferentes um do outro e também com o passar do tempo. Devia ter sabido desde o início que as coisas não eram assim tão a preto e branco como eu julgava já que agora que era mais do que evidente que eu sentia algo bastante forte por ela, não conseguia estar perto dela sabendo tudo o que lhe escondia.
A confusão da festa fazia com que os meus pensamentos acalmassem aos poucos; sempre me tinha dado melhor em ambientes destes assim como acontecia com os combates, o mesmo se passava fora deles. Queria contar-lhe toda a verdade mas não sabia como o fazer sem que ela passasse a odiar-me e nunca mais me quisesse ver à frente.
- Vou esperar pela Sky. – dei um beijo à bochecha da minha irmã antes de a deixar com o Diego e caminhar lentamente de volta até ao exterior da enorme mansão.
- Enzo? – estava a tirar o telemóvel do bolso das calças para lhe mandar uma mensagem quando ouvi aquela voz conhecida – Não acredito… És mesmo tu?
Levantei o olhar do ecrã do telemóvel para a rapariga que se encontrava à minha frente. Não via a Laura há cerca de dois anos e apesar disso não via qualquer diferença entre a rapariga que estava à minha frente e aquela que se tinha ido embora. Fiquei alguns segundos hipnotizado no seu sorriso sem conseguir fazer mais nada.
- Não sabia que tinhas voltado. – foi a única coisa que consegui dizer.
Ela voltou a sorrir e encolheu os ombros – Desconfiei que o meu primo não te dissesse afinal o Martin odeia-te. Sim, voltei a Espanha mas são apenas umas pequenas férias. Oh meu deus, estás igual!
Não, não estou, pensei para mim mesmo; já não era o rapaz iludido que pensava que aquela rapariga era aquela com quem ele ia acabar por casar quando para ela não passava de um passatempo, de alguém com quem ela poderia estar para se rebelar contra os pais mas que nunca seria o suficiente. E apesar de tudo isso me passar pela cabeça, ainda assim sentia uma espécie de atração na sua direção.
- Laura, eu estou-
- Vamos para outro sítio. Vamos para um sítio mais sossegado onde dê para falar como deve ser. Quero saber tudo o que se passou contigo nestes anos. – abri a boca para recusar o convite mas antes de o conseguir fazer já ela me estava a agarrar na mão enquanto sorria, aquele seu sorriso – Anda lá Enzo. Que mal é que pode acontecer?
Apesar de me passar pela cabeça muitas das coisas que poderiam acontecer de mal e de me lembrar a mim próprio que estava ali à espera da Sky, o meu corpo parecia não querer ligar a nada do que o meu cérebro dizia porque assim que ela começou a andar para o interior da casa, segui atrás dela.
No andar superior da mansão a confusão era muito menor uma vez que toda a gente se encontrava concentrada na grande sala de estar do andar de baixo. Não era preciso ser muito inteligente para saber qual era o plano da Laura já que nos estávamos a dirigir para a zona dos quartos; mesmo que fosse apenas com o intuito de conversas como ela tinha sugerido, conhecia-a bem o suficiente para saber que não ia acabar ali e mesmo assim parecia completamente estático sem conseguir dizer o que fosse ou afastar-me.
Por mais que tentasse meter os meus pensamentos no sítio certo, aquela tinha sido a rapariga por quem eu me tinha apaixonado, tinha sido o amor da minha vida, o meu primeiro amor e aquela que eu achava que ia acabar pelo que tínhamos um passado enorme para trás e isso estava sem dúvida a influenciar todos os meus pensamentos.
- Laura, não sei muito bem o que é que esperas que aconteça mas eu não estou interessado em ti, já não.
Mal tive tempo de acabar aquela frase quando o seu corpo veio ao encontro do meu e os nossos lábios se juntaram. Fiquei estático por alguns segundos antes de o meu corpo assumir uma vez mais aquilo como algo que lhe era familiar e corresponder ao beijo. Não tinha absolutamente qualquer controlo nos meus pensamentos e mesmo no meu corpo mas assim que as mãos dela começaram a encaminhar-se para dentro da minha camisola, surgiu-me a imagem da Sky e afastei-a de mim o mais rapidamente possível. Claro que não foi rápido o suficiente.
**
- Sky, não! Espera! – gritei enquanto a via afastar a passo apressado. Tinha sido um idiota ao fazer exatamente aquilo que eu sabia que ia acontecer e apesar de me ter afastado da Laura, sabia que nada disso importava quando a Sky nos tinha apanhado aos beijos, fechados num quarto. Ela estava chateada e magoada e tinha todo o direito disso.
- És mesmo um canalha. – desviei o meu olhar para a Meg assim que ela se meteu à minha frente – Mas agora não me interessa com quem é que andas aos beijos para além da minha prima. Eu vi-te hoje lá na embaixada. Estavas a receber dinheiro do meu tio e quero saber que merda é que se está a passar aqui. Estiveste este tempo todo a enganar a Sky? Para quê?
- Megan, não tenho tempo para isto.
- Não me interessa! Arranja-o! – apesar de ser uns bons centímetros mais baixa do que eu e de ter um ar adorável, naquele momento sabia que a Meg era bem capaz de me atingir em alguma zona vital para além de estar a falar no tom mais alto que alguma vez já a tinha ouvido.
- O que é que se passa? – perguntou o Santiago assim que apareceu ao pé de nós com uma bebida na mão.
- Vi o teu irmão a receber dinheiro do meu tio e quero saber o que raio é que se passa aqui.
- Meg-
- Não me venhas com merdas, Santiago. – há muito tempo que não a ouvia a chamar o meu irmão pelo seu nome completo – Quero uma explicação e já.
- O Enzo não te culpa.
- Santiago-
- Não tens culpa. – repetiu o meu irmão enquanto desviava o olhar para mim de volta para a namorada – Há seis meses fui apanhado a vender droga e fui preso. – abanei a cabeça enquanto tentava procurar a Sky com o olhar; aquela discussão parecia durar há imenso tempo mas não tinham passado mais do que alguns minutos e apesar de estar ao longe, ainda a conseguia ver a afastar-se de mim, cada vez mais longe… - O teu tio fez um acordo com o meu irmão para me tirarem da prisão em que o plano era ele aproximar-se da Skylar o suficiente para que quando o Theo viesse à procura dela, ele matá-lo. – voltei a olhar para a Meg assim que aquelas palavras foram proferidas e a verdade estava ali exposta finalmente – O plano sempre foi esse. Matar o Theo.
- O teu tio tem-nos pago e o foi o Clarke que nos ajudou a resolver toda a situação com o corpo do Theo. – falei finalmente e à medida que observava a sua expressão, sabia que era exatamente a mesma expressão que a Sky faria assim que soubesse toda a verdade e se as coisas entre nós já estavam como estavam, sabia que a ia perder por completo.
Por isso é que as palavras que a Meg nos dirigiu a seguir não me apanharam sequer de surpresa.
- Oh meu deus. Vocês são doentes. Isto foi tudo um plano? Durante este tempo todo isto foi tudo um plano? Aproximaram-se de nós para matar uma pessoa. Oh meu deus. – o meu irmão estendeu a mão na direção da Meg mas ela afastou-se para trás, impedindo-o de lhe tocar – Não te aproximes de mim. Não se aproximem de nós.
O Santiago estava prestes a falar novamente quando o meu olhar parou novamente na Sky. Ela estava agora prestes a chegar à estrada e naquela fracção de segundos consegui ver que o carro que ia passar por ela não estava a fazer qualquer esforço por travar, muito pelo contrário, estava a acelerar cada vez mais.
Comecei a correr em direção a ela mas ainda estava muito longe quando assisti ao embate. O pára-choques colidiu contra o corpo da Sky que voou literalmente por cima do carro antes de aterrar no chão. Voltei a correr, ouvindo os gritos da Meg atrás de mim assim que também ela se deu conta do que tinha acontecido.
Quando cheguei finalmente junto à Sky, já a rapariga de cabelos loiros tinha entrado no carro e abandonado o local a grande velocidade. Havia muita gente a juntar-se a nós, gente com o telemóvel na mão obviamente para telefonar para chamar uma ambulância enquanto eu a puxava para junto do meu peito.
- Desculpa. – murmurei contra os seus cabelos – Sky, desculpa. – não sei quando é que comecei a chorar mas não consegui controlar as lágrimas enquanto a embalava contra o meu corpo – Por favor não me deixes. Eu amo-te. – repeti pela segunda vez naquela noite e só conseguia pensar que o devia ter dito mais vezes, que o devia ter provado sempre.
**
Os paramédicos só deixaram ir uma pessoa na ambulância e a Meg não me deixou ir com a Sky. Sabia que ela mantinha a opinião de que não me queria nem a mim, nem ao meu irmão perto de qualquer uma delas mas isso não me ia impedir de ver a Sky naquele momento. Se quando ela me mandasse embora quando estivesse bem, eu iria cumprir a sua vontade, mas até lá queria estar ao lado dela e saber tudo o que se passava.
O Santiago não me deixou conduzir e depois de avisarmos a Lola e o Diego do que se tinha passado, ele levou-me ao hospital, onde os outros dois iriam ter depois. O meu irmão estava sentado na cadeira ao meu lado e apesar de eu saber que ele nunca tinha gostado da Sky, principalmente porque a culpava por tudo o que tinha acontecido (na ótica dele se não fosse o problema da Sky, o pai dela não tinha feito aquela proposta e não estávamos agora metidos em todo este problema para o tirar da prisão), sabia que estava preocupado por causa de mim e da Meg que andava às voltas de um lado para o outro na sala de espera.
- Já liguei ao meu tio, ele vem para cá. – disse ela enquanto guardava o telemóvel no bolso – Podem acabar o negócio agora. A Sky está numa cama de hospital por isso não sei se vais receber mais alguma coisa. – atirou ela.
- Meg... – murmurou o Santiago.
- Cala-te. Nem vos devia deixar estar aqui. Não acredito que alguma vez confiei em vocês. – ela abanou a cabeça sem parar de andar de um lado para o outro, o que me estava a deixar ainda mais nervoso – A Lola sabia disto tudo? Também só se aproximou de nós para facilitar o vosso plano? Se calhar até a vossa mãe está metida nisto. Oh meu deus.
- A Lola não sabe de nada. – respondi apertando a cana do nariz com força; estar ali sem saber nada da Sky estava a deixar-me maluco e sabia que ainda tinha passado pouco tempo desde que ela tinha sido levada para cirurgia – Ela e a minha mãe acham que conseguimos resolver as coisas pela via legal. Nenhuma delas sabe nada do Theo nem do resto.
- Oh meu deus. – levantei o olhar assim que ouvi a voz da minha irmã que entrou na sala de espera acompanhada pelo Diego – Já sabem alguma coisa?
- Não, não sabemos de nada. – respondeu a Meg antes de nos virar costas a todos e continuar com o seu ritual de andar às voltas naquele local.
A sala encheu-se de silêncio durante vários minutos até que o telemóvel da Meg começou a tocar e ela se afastou para ir atender. Levei os dedos ao cabelo e apertei os mesmos com força enquanto batia com os pés no chão branco do hospital. Na minha cabeça continuava a rever o momento do embate ao mesmo tempo que ia imaginando possíveis cenários para evitar o acidente; se tivesse ficado à entrada à espera dela em vez de ter seguido a Laura de volta para o interior da casa, a Sky nunca me teria apanhado no quarto com ela e nunca teria ido embora sem mim pelo que nunca teria sido atropelada.
Ainda assim, apesar de não ter dado grande atenção a isso no momento em que tinha acontecido, a rapariga dos cabelos loiros que tinha entrado no carro responsável pelo acidente da Sky, era a mesma rapariga que eu tinha visto antes na esquadra, era a Nora. Pelo que tinha a certeza absoluta que o atropelamento não tinha sido um acidente e que se ela se queria vingar da Sky pela morte do Theo, não importava como mas arranjaria forma de o fazer.
- O meu tio está na esquadra. – apesar de continuar chateada connosco, agradecia imenso à Meg por ainda assim partilhar toda a informação – Houve várias testemunhas no local que viram a condutora e confirmaram que não foi um acidente. Foi a maluca da Nora. – voltei a apertar a cana do nariz ao ouvir aquela confirmação – A coisa boa disto é que estão a tratar de um mandato de captura. A partir deste momento a Nora é procurada por homicídio e tentativa de homicídio.
- Homicídio? – repetiu o Diego uma vez que mais nenhum de nós se pronunciou.
A Meg assentiu com a cabeça – Não consegui esclarecer bem tudo porque era a Kendra ao telemóvel mas descobriram que a Nora sofre de problemas psicológicos. Ao que parece ela nunca teve nenhuma relação com o Theo; começou a mandar-lhe cartas quando ele estava na prisão e tentou visitá-lo várias vezes mas ele negou sempre recebe-la. A polícia diz que a Nora estava obcecada com o Theo e que assim que soube que ele vinha atrás da Sky que o matou e por isso é que agora a tentou matar. – senti o olhar dela fixo em mim – Depreendo que o meu tio e o Clarke tenham conseguido dar a volta à situação do corpo.
O silêncio voltou a reinar assim que aquelas palavras foram ditas em voz alta. Não havia qualquer prova de que a Nora estava metida na morte do Theo uma vez que ela não tinha feito qualquer parte dessa noite mas a Meg tinha razão; o tio dela e o Clarke tinham poder e meios para fazer com que um fio de cabelo dela ou o que fosse estivesse junto ao cadáver e levasse a concluir que ela era a responsável por isso.
Se gostava de culpar uma inocente por algo que nós tínhamos feito? Não, não gostava, mas a Nora não era propriamente uma inocente depois do que tinha feito à Sky.
- É a família da Skylar Mars? – levantei-me automaticamente da cadeira desconfortável e caminhei até junto do médico assim que a Meg respondeu afirmativamente à pergunta – A Skylar saiu agora da cirurgia. Infelizmente as notícias que vos trago não são as melhores. – aquelas palavras bastaram para sentir como se eu próprio tivesse sido atropelado - O embate deixou-lhe alguns ossos partidos mas nesse aspeto ela até teve sorte; já vi entrarem aqui vítimas de atropelamento num estado bem pior que o da Skylar. Infelizmente durante a cirurgia foi possível observar que a Skylar sofreu danos cerebrais e não sabemos quais os danos reais até ela acordar do coma induzido.
- De que tipo de danos é que estamos a falar? – perguntou a Meg com a voz a tremer.
- Como eu disse, só saberemos assim que acordar mas tendo em conta o local onde se encontram os danos, podem estar relacionados a nível da memória da Skylar. E se assim for, novamente não saberemos até que nível é que essa amnésia se pode estender enquanto ela não acordar.
Levei as mãos aos cabelos, apertando-os com força enquanto revivia na minha cabeça todo o discurso do médico. Amnésia. Essa era a palavra que martelava com mais força no meu cérebro.
- Lamento muito. – o médico voltou a falar e apesar de não querer ouvir mais nada do que ele tinha para dizer, os meus pensamentos cessaram assim que ouvi a voz dele, quase como se desejassem que ele viesse agora dizer que era tudo mentira, que a Sky estava bem e tinha apenas uns ossos partidos, nada de grave – Tenho também que vos informar que infelizmente o bebé não sobreviveu.
- Bebé? – antes mesmo de ter tempo para pensar no assunto, a pergunta saiu-me disparada.
A expressão do médico tornou-se ainda mais carregada de pesar e apesar de eu achar que os médicos já estavam anestesiados para este tipo de coisas, que já tratavam esta conversa com os familiares como algo banal, aquele médico parecia mesmo com pena de todos nós.
- Sim, a Sky estava grávida. É possível que nem a própria soubesse porque estava ainda de cerca de dois meses mas o bebé não resistiu. Mais uma vez lamento imenso.
- Podemos ir vê-la? – perguntei sem saber muito bem onde é que tinha arranjado força para voltar a falar quando naquele momento sentia como se tivessem arrancado por completo o chão que tinha debaixo dos pés.
- Claro, sigam-me.
O quarto era completamente branco à excepção de umas cortinas azuis que tapavam a luminosidade que vinha do lado de fora. Na cama e ligada a todos os tipos de máquinas estava a Sky, de olhos fechados e com um ar tão tranquilo que seria facilmente confundida com alguém a dormir, alguém que tinha levado com um camião em cima mas que estava a dormir.
Dei a volta à cama e sentei-me junto dela sem me importar minimamente se a Meg me queria ali ou não. Não ia sair dali, não a ia deixar. Já tinha feito demasiado para a magoar, já tinha feito demasiado para levar a que ela estivesse ali deitada naquela cama de hospital mas não a ia abandonar.
A Sky tinha perdido o bebé, o nosso bebé. Não tinha dúvida nenhuma de que aquele filho era meu e agora para além da minha mente se encher de possíveis cenários de como poderia ter sido a nossa noite se eu tivesse tomado decisões diferentes, estava também a imaginar como seria o nosso filho, se seria uma menina ou um menino, o quanto íamos discutir até concordarmos os dois num nome e até nos conseguia ver daqui a uns anos, a passar os três de mãos dadas.
Em vez disso ela estava ali, deitada e imóvel naquela cama de hospital.
- Amo-te. – murmurei contra a pele do braço dela sem me importar minimamente com o resto das pessoas que se encontravam naquele quarto e se me ouviam ou não – Vou estar aqui ao teu lado sempre. E quero que saibas que vou fazer de tudo para te compensar. Se acordares e te lembrares de mim, vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que me perdoes mas se não te conseguires lembrar de mim, vou fazer tudo para que te voltes a apaixonar por mim. Porque eu não consigo viver sem ti, já não. Preciso de ti, Sky. Por favor, volta para mim. Volta para nós.